quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Sugestão do dia: Oasis - Stop crying your heart out

quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Fugir

Apetece-me fugir. Talvez não de algum lado ou de alguém, mas de mim próprio. Ando a precisar de férias de mim. É que sou um gajo um bocado chato, estou farto de quem vejo todos os dias ao espelho, de manhã. Apetece-me ser outra pessoa. Alguém que realmente cumpra os meus ideais, talvez alguém mais forte mas que se entrega, talvez alguém mais fraco mas lutador. Não sei bem. Nem isso consigo decidir. Um reset à alma também servia.

sexta-feira, 16 de outubro de 2009

Curso de medicina: nome pelo qual é conhecido um período de total ausência de tempo para tudo o que não seja estar à frente de um livro.


Como eu adoro Farmacologia...

domingo, 11 de outubro de 2009

Já agora, fica mais uma...


Ausência

Se te sinto, é apenas um sonho,
se te beijo, não sinto a tua boca.
Por isso quero apenas adormecer,
partir para o lugar magicamente perfeito
em que te entregas a mim e eu a ti,
e em que o nós faz todo o sentido,
e eu posso dizer-te tudo o que o real não deixa,
posso amar-te como mereces,
E não existe mundo para além de nós.
Como posso querer acordar,
se te procuro e não encontro?
Se num momento sinto o teu calor,
e no momento seguinte apenas o vazio?
Apenas quero voltar a adormecer.
Deixem-me dormir, deixem-me sonhar.
(Nota da consciência: luta! vive o teu sonho.)

C.S.



sexta-feira, 9 de outubro de 2009

Felicidade

Já por várias vezes dei comigo a pensar "o que é ser feliz? será que sou feliz?". Já questionei várias pessoas sobre isto e, além do habitual "és uma pessoa estranha! Perguntar isso assim do nada...", não consegui chegar a muitas conclusões. Vale a pena vivermos, se não formos felizes? Ou, por outro prisma, se vivemos, valerá a pena não sermos felizes?

Será que ser feliz é termos tudo o que queremos? Conseguirmos tudo o que sempre sonhámos, da forma como sempre sonhámos. Ou será que a luta diária para conseguirmos atingir as metas que nos propomos fazem parte da nossa felicidade? Talvez a felicidade esteja realmente nessas pequenas conquistas dentro do caminho para as grandes conquistas. Talvez passe por não olharmos só em frente, mas também à nossa volta, vermos o que de bom nos rodeia. Mas dizem que sermos felizes ou não, só depende de nós. E também dizem que só não somos felizes por medo de o sermos. Então olhar à nossa volta poderá não trazer a felicidade em si, poderemos ter que, além disso, remexer um pouco a vegetação, pois ela poderá estar escondida, à espera que a encontremos. Mas para isso é preciso coragem para actos tão simples mas que, saindo dos carris da nossa normalidade quotidiana, nos parecem paredes intransponíveis; ridícula mania de complicarmos o que é simples e ridicularizarmos quem simplifica. Quantas vezes dizermos um "sim" no lugar de um "não", ou um "amo-te" em vez de um "adeus" não nos teria feito mais felizes? Quantas vezes uma tomada de decisão, uma simples tomada de decisão sem pensar nas consequências, nos teria floreado o resto do dia, da semana, do mês, da vida? Mas é difícil. É preciso muita coragem. Por vezes uma pequena escolha, aparentemente insignificante para o resto do mundo, esconde mais coragem do que a de um militar que avança no campo de batalha. É preciso muita coragem para ser feliz. Mas, ainda assim, será que basta? Cristopher McCandless, um corajoso que um dia se perguntou o que era ser feliz, e partiu numa jornada solitária, e que viria a lograr-se fatal, até ao Alasca em busca de respostas, conclui antes de morrer que a felicidade só é real, quando partilhada. No mundo actual vejo solidão, muita solidão. Experimento-a na pele. Pessoas completamente sós, mesmo no meio de multidões. Será que isso tem, portanto, alguma coisa a ver com a escassez de felicidade que se vai vendo? De que serve acontecer-nos algo de bom, se não temos com quem o comemorar? De que serve ser feliz, se não temos para quem sorrir?
Como posso ser feliz, se não há ninguém à minha volta?

Sejam felizes: façam a vossa parte para que tenhamos um mundo feliz.
E se tiverem respostas às minhas perguntas, alguém que me ilumine; ando a precisar dos conselhos de um verdadeiro sábio.


C.S.


"Embora ninguém possa voltar atrás e fazer um novo começo, qualquer um pode começar agora e fazer um novo fim." Chico Xavier

quinta-feira, 8 de outubro de 2009

Sou um apologista das novas experiências. Nem sempre fui, costumava ser bastante medroso, mas vendo certas coisas boas a passarem-me ao lado por isso, e já não conseguindo voltar atrás para agarra-las, fui mudando. Claro que há certas experiências que são totalmente desnecessárias, sabemos que vai dar mau resultado, mas mesmo assim lá estamos para "quebrar a cara".
Como hoje, em que experimento a sensação de, a uma hora de um exame, ainda não ter sequer começado a estudar para ele. É uma sensação de...ignorância. O que vale é que é daquelas disciplinas "secundárias".
Quimeras do não-poeta: o princípio.

No princípio havia o verbo.
No princípio havia o sonho.
No princípio nada há,
senão o desejo de um escape,
a vontade de dizer tudo o que está guardado,
tudo o que arde bem lá no fundo.

Quimeras de vidas não vividas,
que vividas além da vida,
trazem os sentimentos mais extremos,
na vida que é vivida.
Quando o perfeito choca com o real,
quando a alma prova o travo amargo de viver
é nas quimeras que procura a sua cura,
e são elas que lhe mostram a dores da vida.
E nesse ciclo vicioso arrasta todo o seu ser,
pois a essa doença e cura que é sonhar,
entrega-se de corpo, alma e coração.
Nelas encontra a sua razão.
E a sua perdição.
E é esse amor pelo sonho,
e esse ódio pelo sonho,
que o levam a escrever,
sem aprumo nem pretensões,
entregue, talvez, a apenas mais uma quimera.

C.S.