sábado, 28 de novembro de 2009

Tenho o péssimo hábito de fugir aos problemas. É um defeito terrível, eu sei, mas demasiadas vezes, apenas os "agarro pelos cornos" quando já estou entre o touro e a parede. A questão é que isso por vezes implica afastar-me de quem não devia, de quem não merecia. Ultimamente partilhar a minha vida entre duas cidades a 300km uma da outra, tem me permitido fazê-lo brilhantemente, por vezes admiro-me a mim próprio a capacidade que tenho de me esquecer dos problemas de Lisboa durante a semana, de estar longe não só em corpo mas também em espírito. Mas, há sempre um mas. Actualmente passo por uma pessoa fria e que ignora os problemas que ficam em Lisboa, ignora mesmo as pessoas que cá ficam, "ele é imaturo, não entende", dizem. E pior: eu próprio começo a acreditar nisso. Começo a acreditar que "levo uma vida dupla" em que ora me preocupo com os problemas de um sítio, ora com os do outro; mas sei que fujo a um deles. Não, não quero ser alguém distante, não quero deixar sozinho quem não merece. Mesmo que isso me custe horrores!

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